“‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. [...] ‘Ame o seu próximo como a si mesmo... ’”. (Marcos 12.30,31).
Embora seja possível que alguém pense que o meu texto fale de moralismo, observa-se que a sexualidade deturpada ou adorada
atrai a pessoa para uma vida egoísta. De modo que, se preciso for, esta pessoa
vai trair e desconsiderar os sentimentos de outro ser humano, como se a
infidelidade fosse algo sem desdobramentos amargos na vida dos outros. E, em
busca de satisfazer tal cobiça, um homem ou uma mulher se torna cada vez mais
vil, a cada passo distante de Deus, em direção à objetificação do outro.[1]
Porque, enquanto imoralidade (porneia) seja a prática dos maus desejos
da carne, a impureza (akatharsia) e a
indecência (aselgeia) são a contaminação
dos nossos pensamentos e o arrebatamento das nossas emoções (o descontrole das
nossas paixões), de modo que usamos a mente contaminada para justificar e o
corpo condicionado para praticar a paixão pelo pecado sexual.
Embora nossa natureza caída seja invisível,
nossas ações não são. Por isso que estas obras (pecados sexuais) da carne, da
nossa velha natureza, sejam bizarras ou padronizadas, vistas por todos ou
praticadas em segredo, são ofensas sexuais. Enquanto a prostituição (porneia) é um pecado que ainda está no
âmbito das relações sexuais, a impureza (akatharsia)
é um pecado que penetrou no âmbito da personalidade – envolvendo todas as áreas
da vida, e a lascívia (aselgeia) já
se trata de um amor ao pecado, uma paixão desenfreada, em que o pecador não se
constrange ao pensar em como Deus ou as outras pessoas estão vendo esta entrega
total à sensualidade.[2]
Como lidar com um mal tão atraente quanto o
que está em nós? Amando a Deus e ao próximo! À medida que você busca a Deus com
todo o seu ser, você vai se aproximando cada vez mais do alvo que ele tem para
a sua vida. Mesmo que não seja da noite para o dia, a mudança vai acontecer,
acontecendo.
Enquanto isso, você vai ver as pessoas cada
vez menos como objeto e cada vez mais como alguém que poderia ser seu pai, sua
mãe, sua irmã, seu irmão, seu filho, sua filha e qualquer outra pessoa que você
ame e queira bem!
Você gostaria que um homem abusasse do amor e
da confiança da sua mãe? Você gostaria que um rapaz tratasse a sua filha como
um punhado de carne, útil apenas para apalpar e penetrar? Você gostaria que uma
pedófila roubasse a inocência do seu filho? Você gostaria que uma mulher
traísse o seu pai com os homens da vizinhança? Você gostaria de ser usado e
jogado fora?
Pense nisso antes de se entregar aos desejos
sexuais, em detrimento da valorização das pessoas que você deseja ou que você
passou a desprezar!
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