Feitiçaria,[1]
no contexto de Gálatas 5.19-21, seria uma prática que sugere
o uso de drogas/remédios e visa à manipulação do sagrado, a fim de controlar o
sobrenatural.
Em alguns casos, a pessoa
ingere algo e começa a “viajar” ou ter um contato com outro mundo. E, nesse
caso, a pessoa também pode fazer alguma coisa para que o sagrado lhe atenda um
pedido, uma determinação, considerando que há casos em que alguém possa até
mandar em algum espírito, em algum poder, ativando (como que aperta o
interruptor) algo, de modo que esse poder vai ter que se render a esta técnica
ou a este método (lá no mundo espiritual) que está sendo aplicado aqui.
Embora magia e ocultismo
sejam estranhos ao ensino cristão, a bíblia fala que idolatria e feitiçaria são
obras da carne. Se não existe feitiçaria na igreja, então por que Paulo falou
isso na carta? Considerando que Paulo escreveu para crentes, vale destacar que
simular ações do Espírito e manipular o povo através de pregações e orações que
reduzem a divindade a um gênio da lâmpada, a um Papai Noel, é o mesmo que
feitiço. Lembra magia!
Há pessoas se
relacionando com Deus como se ele fosse um Papai Noel ou como se fosse um gênio
da lâmpada e líderes religiosos estão induzindo o povo a pensar que Deus é esse
cara e, de certa forma, dando um tipo de receita de bolo “de como Deus funciona”
para essas pessoas.
Diante disso, em vez de servos
de Deus, que se dobram diante dele, tais pessoas agem como se fossem
feiticeiros, com abracadabra, hocus pocus, fazendo alguns rituais, crendo que
Deus tem que lhes atender e cumprir as suas determinações.
Por causa disso, é
importante pensar cuidadosamente se nós estamos realizando um ato de adoração
ou de magia.
Ao encerrar este bloco de
pecados religiosos, pensemos com muito cuidado sobre como tem sido o meu e o
seu culto, se nós estamos adorando a Deus – na beleza da sua santidade – se
estamos nos rendendo ao Totalmente Outro, se estamos nos curvando ao Deus
eterno, que está em nós e que está acima de tudo e acima de todos.
Que julguemos a nós
mesmos, a fim de constatar se estamos recorrendo apenas ao seu poder, fazendo
uso de um nome, de um ser, de um conceito, de uma ideia, a fim de conseguir
algum tipo de benefício na comunidade religiosa.
Deus não é um ser
espiritual com quem as pessoas fazem o que querem, como quem aperta um botão,
obrigando-o a atender suas criaturas, como se ele não fosse o Senhor soberano,
o Deus eterno.
1 Comentários
Muito bom.Gostei mesmo.
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