PECADO RELIGIOSO TAMBÉM É PECADO!

De acordo com Gálatas 5.19-21, nós temos várias obras da carne. Um bloco eu já mencionei, o de pecados sexuais: imoralidade sexual, impureza e lascívia. Agora, vamos nos deter nos pecados religiosos: idolatria e feitiçaria. Essas obras da carne se manifestam no âmbito da superstição, da falsa veneração, da manipulação do sagrado, da contaminação do culto a Deus.

Tais pecados eram muito comuns entre os gálatas, nos tempos do apóstolo Paulo. O culto daquela época estava relacionado às imagens de escultura e aos encantamentos.[1]

Corremos o risco de atribuir a coisas, a pessoas, a fatos, a dias, a palavras, alguns poderes que só deveriam ser atribuídos a Deus. Precisamos observar se estamos adorando a Deus de verdade. Tem adoração que parece ser para Deus, mas não é. Tem ritual que parece adoração, mas é magia.

Os pecados religiosos me desviam  do propósito sem me tirar da igreja. Em vez de eu ser como aquele crente que pede a Deus, que chora, que implora, que obedece, que até tenta argumentar, pedindo alguma coisa, eu me torno aquele que, se fizer algo com a mão ou se falar algo, Deus é obrigado a me atender e vai fazer a minha vontade, porque eu descobri o jeito que ele funciona.

Mergulhado nos pecados religiosos, em vez de adorar a Deus do jeito dele, corro o risco de celebrar do meu jeito, e ainda dizer que o meu jeito é o jeito dele. Nesse caso, várias coisas podem acontecer num culto, das quais muitas pessoas vão dizer que está sendo feito para Deus, quando, geralmente, nada disso está sendo dedicado a ele.

Segundo Gálatas 5.19-21, as obras da carne são manifestas. Já falamos dos pecados sexuais (adultério/fornicação, impureza e lascívia) e, agora, estamos tratando dos pecados religiosos. Primeiramente, da idolatria. Posteriormente, da feitiçaria. Enquanto a idolatria é um pecado relacionado à substituição de Deus (adoração a qualquer objeto, coisa e pessoa), a feitiçaria é uma simulação das obras do Espírito,[2] uma falsificação da ação divina.

Pensemos com mais cuidado sobre estes dois termos (idolatria e feitiçaria), para que essas obras da carne sejam examinadas e que isso contribua para que elas sejam evitadas diante das tentações de cada dia.



[1] LOPES, Augustus Nicodemus. Livres em Cristo. São Paulo: Vida Nova, 2016, p. 252.

[2] GUTHRIE, Donald. Gálatas: introdução e comentário. Trad. Gordon Chown. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 176.

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