TOME O REMÉDIO, RESTAURE A SAÚDE!
De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. (Romanos 5:6-8).
Em Romanos temos visto que tanto gentios quanto judeus são
indesculpáveis quanto a justiça de Deus. Nem o conhecimento da natureza, nem da
Lei de Moisés, nem da Lei da Consciência foi suficiente para impedir que a
humanidade pecasse. Nada que a humanidade fizesse poderia alcançar justiça
diante de Deus. O que fazer, então? Paulo afirma que, confiando no que Cristo
fez (morreu por nós, pagando pelos nossos pecados, a fim de que sua justiça
fosse imputada a nós), somos justificados e temos paz com Deus. Relacionamento
restaurado!
Cristo morreu por nós, quando ainda éramos fracos (v.6). Aqui, fracos
parece ser sinônimo de pecadores (v.8). Deus nos amou (e somente ele!) de tal
forma que não precisamos nos tornar perfeitos para que ele nos amasse! Do jeito
que estávamos já éramos amados! Entretanto, herdamos a morte! Pois, da mesma
forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim
também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram (v.12).
Comparemos nosso relacionamento com Deus ao de uma mãe que gerou seu
filho durante quase nove meses e então o perdeu. A mãe aprendeu a amar a
criança, sonhou com ela, viveu momentos com ela. Mas algo na formação da
criança se chocou com a estrutura da mãe, causando problemas na gestação e o
aborto aconteceu! O mesmo se dá com a gente. Somos criaturas de Deus, mas o
pecado causou a desarmonia entre nós e ele. O relacionamento foi rompido. A
criatura foi lançada fora, embora continuasse amada. Afinal, o Deus perfeito
deixaria de ser perfeito se continuasse em harmonia com o homem imperfeito?
Esta ruptura, chamada morte espiritual, passou para todos os descendentes dos
primeiros seres humanos.
No entanto, mesmo que ninguém seja perfeito, e mereçamos a morte, Cristo
morreu por nós! Fomos justificados GRATUITAMENTE, mediante a redenção (resgate,
alforria) que há em Cristo Jesus. (3.24). A culpa no cartório é real. A dívida
deve ser paga! Mas, não temos como pagar. Por isso, apenas confiando no que
Cristo fez, recebemos justificação!
Ele SOMENTE é a propiciação, desde que creiamos. A ira divina só é
desviada daquele que exerce fé. Ele tomou sobre si a condenação que era nossa.
Quem confia no que ele fez e que ele tem poder para tal, não tem mais nada a
temer. Quem confia nas obras, vai viver o conflito de nunca chegar ao objetivo:
satisfazer à justiça de Deus. Ele perdoou. (3.25-28). “Concluímos, pois, que o
homem é justificado pela fé sem as obras da lei”. Eu creio e pronto!
De acordo com Romanos 5.18, o juízo veio SOBRE TODOS. Mas, a justiça e a
graça veio SOBRE TODOS, também! "Pois assim como por uma só ofensa veio o
juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de
justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida."
(Almeida Corrigida e Revisada Fiel). O texto diz que "por um só ato de
justiça veio a graça sobre TODOS os homens PARA A JUSTIFICAÇÃO de vida".
Quando o texto diz que veio a graça SOBRE TODOS para a justificação,
parece que esta justificação está disponível para todos! Enquanto o juízo veio
sobre todos por causa da herança do pecado, como uma doença, a graça veio a
todos, como um depósito em conta que precisamos sacar ou um arquivo que
precisamos baixar. Enquanto a separação de Deus ocorreu por herança, a
reconciliação com Deus ocorre por decisão. Quem rejeita o presente não recebe a
salvação.
Adão desobedeceu a Deus por causa dos seus interesses particulares,
enquanto Cristo obedeceu a Deus pensando na solidariedade aos seres humanos,
com quem se misturou, para apontar o caminho da reconciliação com Deus,
cumprindo as exigências divinas, a fim de pagar pela desobediência humana,
decorrente da herança adâmica e da rejeição deliberada de todas as pessoas à
oferta de salvação. (v.19).
A Lei apenas foi o exame que ressaltou a doença, mas a graça foi o
remédio oferecido para que os doentes fossem curados. Isto é possível se
considerarmos a receita médica (v.17), confiando na eficácia do remédio que nos
de
volve a vida perdida no Éden (v.20). “... como o pecado reinou na morte,
também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus
Cristo, nosso Senhor." (v.21).
Digamos que haja um remédio para a cura de uma doença herdada
geneticamente e o doente se recuse a tomar tal remédio. Como ele seria curado
se não quisesse tomar o remédio? Embora disponível para tal doente, o remédio
não o curará se ele não o ingerir!
Parece que, para Deus, as pessoas são responsáveis pelos seus atos.
Incluindo as decisões que afetam a eternidade delas!
Consequentemente,
assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim
também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os
homens. Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram
feitos pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos
serão feitos justos. A lei foi introduzida para que a transgressão fosse
ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça, a fim de que,
assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para
conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. (Romanos 5.18-21).
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