A COMPETITIVIDADE NA IGREJA É UMA BURRICE!

Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. (Filipenses 2:3).

As traduções do Grego variam muito, de acordo com alguns comentaristas acerca dessa palavra no capítulo 5 de gálatas: conflito, contenda, ambição egoísta, competitividade, cuja motivação está centrada no eu, acima de tudo[1]. O que pode causar essa discórdia está relacionado à uma ambição egoísta. A pessoa, em busca de glória pessoal, está disposta a prejudicar a qualquer pessoa que possa vir a ser um obstáculo ao seu intento. Essa obra da carne pode ser traduzida por egoísmo, além ser aplicada no caso de quem provoca contendas ou intrigas, para se livrar de rivais e conseguir partidários sem se importar com os meios que usa[2].

O agente das discórdias é aquela pessoa que faz intrigas, dizendo para o pastor que o irmão fulano não gosta dele. Talvez o irmão fulano realmente não goste do pastor. No entanto, o agente da discórdia está falando isso apenas por querer ocupar o lugar que tal irmão ocupa, já que está competindo em seu coração por uma vaga naquele ministério. Por puro egoísmo, esse crente vai provocar contenda entre as pessoas e, para tanto, vai fazer intriga entre elas, a fim de se livrar de alguns rivais. Seja alguém que canta onde ele quer cantar, que toca onde ele quer tocar, ou alguém que esteja numa posição de liderança que ele quer ocupar. Em sua infelicidade, ele põe beltrano contra fulano, querendo puxá-lo para o seu lado, o seu partido.

Isso é muito triste, porque pessoas assim não estão pensando na igreja. Estão pensando em si e no seu partido, dentro da igreja local. Vivem ligando para uma, mandando mensagem para outras, recorrendo a métodos muito sombrios, caso seja necessário, a fim de formar um exército, para atingir o seu objetivo pessoal, travestido de amor à obra, dizendo que isso tudo é para a glória de Deus! Talvez porque ela não se perceba como agente de discórdias ou por dissimulação, mesmo. Independentemente da consciência de pecado de tal crente, essa obra da carne mata a igreja local, traz dor e sofrimento, separa os melhores amigos.

Quem pratica essa obra da carne é ávido por cargos e posições. O agente de discórdias é alguém que deseja um determinado cargo, para o qual o pastor não o chamou e, em vez disso, decidiu convidar outro. Quer ministrar numa área, mas o irmão responsável por tal ministério já chamou beltrano. Aspira por um título, mas numa reunião de liderança, consideraram melhor não chamá-lo e nomear outro. Mas, em vez de se aprimorar, o agente das discórdias fica tão descontente a ponto de planejar em como tomar na marra o cargo ou a posição desejada.

Gente assim é movida por um espírito partidário e tendencioso[3]. É aquela pessoa que recorre aos polos, com perguntas do tipo “De que lado você está?”. Você fica pressionado a escolher um dos dois lados: “o deles x o nosso”, “do lado do bem x do lado do mal”, “com Deus x com o diabo”. Este é o discurso! Mas, no fundo, os agentes de discórdias são tendenciosos e estão sempre visando o proveito próprio em vez de ser úteis ao seu irmão, ao seu pastor, ao seu líder, à sua igreja... a Deus. Diante disso, fica até difícil saber quem é Deus para quem causa discórdias na vida de uma igreja, matando a comunidade local.



[1] KELLER, Timothy. Gálatas para você. Vida Nova, 2015. p. 157.

[2] SOARES, Germano. Gálatas. CPAD, 2015. p. 132.

[3] LOPES, Hernandes Dias. Gálatas: A carta da liberdade cristã. Hagnos, 2017. p. 245.

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