Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros. (Gálatas 5.26).
Invejas[1] na
igreja. Enquanto o ciúme nos faz desejar o que o outro
possui, a inveja nos faz desejar que
o outro perca o que tem, além de nos entristecer pelo fato de o outro ter o que
desejamos. Resumindo, o invejoso se alegra com a tristeza do outro pela perda
do que possuía, e que o invejoso não tinha.[2] O
invejoso tem uma alegria estranha à fé cristã, que sente apenas quando a pessoa
que tem o que ele sempre desejou e nunca conseguiu (ou é quem ele gostaria de
ser) perde bens, direitos, reputação ou qualquer outra coisa e pessoa desejada e
amada por ele.[3]
Em vez de admirar o outro, de se aproximar do outro e pedir
algumas dicas ou informações (a fim de saber como o outro chegou aonde ele quer
chegar ou conseguiu o que ele deseja), o invejoso prefere caluniar, difamar,
cobiçar e lamentar, sofrendo sem necessidade, enquanto torce para que a outra
pessoa perca o que conquistou, com a vida que viveu e as escolhas que fez.
Como seria diferente se o invejoso substituísse a inveja pela
admiração!
Cabe a mim e a você a tomada de decisão. A fim de que nosso mundo
interior seja lapidado, a partir da nossa honestidade para com o nosso próprio
coração, de modo que, em vez de ficar apontando problemas nos outros,
encontremos os nossos e os resolvamos, com sinceridade e interesse genuíno.
E aí? Inveja ou admiração?
Com a inveja, terminamos o bloco de pecados sociais, nas obras da
carne, registradas em Gálatas 5.19-21. Os quais podem prejudicar a vida de uma
pessoa e de toda uma igreja local, atrapalhando o seu crescimento e
contribuindo para a redução da sua qualidade e para a diminuição da sua
quantidade.
Afinal, qual é a vantagem de uma igreja crescer com um pastor que
atropela os divergentes? Qual é a honra de uma igreja, cujos membros gastam
mais energia em retirar seu pastor da liderança do que em fazer discípulos e
edificar os irmãos de fé? Qual é o proveito de alguém alcançar uma posição de
liderança por peio de boicotes, intrigas, acordos, em articulações
maquiavélicas? Qual é o testemunho de uma igreja, cujos membros falam mal uns
dos outros em suas casas, nas ruas e nos meios de transporte público?
Embora os cristãos brasileiros se preocupem muito mais com pecados
sexuais do que sociais, vale ressaltar que Paulo os insere na mesma lista,
deixando claro que prostituição ofende a Deus tanto quanto idolatria,
feitiçaria e inimizades. Quem pratica tais obras “... não herdará o reino de
Deus. A inveja condena ao inferno tanto quanto a lascívia”.[4]
Que Deus nos ajude!
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