Façam tudo sem queixas nem discussões... (Filipenses 2.14).
Porfias[1] são
ações carnais conhecidas na igreja local com o nome de lutas, discórdias, bate-boca, disputa, confronto e algo do tipo. Uma ação competitiva e predatória direta.
Já viu aquela pessoa que gosta de provocar briga e afrontar o próximo, querendo
“ganhar”, frequentemente?
Qual é o testemunho que uma igreja pode dar, quando seus membros
brigam entre si por causa de posições, reconhecimento ou poder de decisão? Como uma igreja vai
crescer se os seus membros vivem numa constante competição predatória entre si?[2] Não conseguirei me alegrar
no ministério se, em vez de eu ficar contente porque três pessoas tomaram uma
decisão por Jesus após a minha pregação, eu fico triste porque 30 pessoas foram
à frente quando o outro pregador fez o apelo. Ainda mais se algumas pessoas
comentarem que o outro pregador tem mais unção do que eu. A partir de então, eu
entro numa competição com ele!
Pensemos,
por exemplo, num bate-boca, num confronto, numa disputa. Eu quero vencer a
discussão e fico me gabando, ao dizer que “Botei o pastor no lugar dele!”. Ou,
como aquele irmão que, para se impor, manda o outro calar a boca. Ou, para
vencer a discussão, aquela irmã que acha que manda na igreja ou no ministério
em que ela trabalha, quer interferir no trabalho de todo mundo.
Tais
situações só trazem dor e sofrimento. Não digo com isso que tal prática acaba
com a igreja ou com o ministério do pastor ou do diácono. Nem que não há mais lugar
para aquele irmão ou para aquela irmã. Compreendo, como Oscar Wilde, que assim
como todo santo tem um passado, todo pecador tem um futuro. No entanto,
precisamos refletir a respeito de porfias na igreja. Precisamos ter esse
cuidado para não entrar contendas!
É tão
feio se deparar com pessoas provocando briga e afrontando os outros! Um tipo de
gente que arruma confusão em vez de contribuir para o crescimento da igreja.
Uma pessoa que sempre quer ganhar numa decisão, numa discussão, numa rixa. A
cada irmão que prejudica, ofende ou “derruba”, ela se acha vencedora, enquanto
colabora para a sua igreja minguar; enquanto entristece o coração do pastor
dela; enquanto contribui para que ninguém queira ser diácono, enquanto coopera
para que ninguém queira fazer parte qualquer ministério da igreja.
Tal
pessoa trabalha para o mal da sua própria igreja, só que não percebe. Porque
está tão compenetrada em competir, em lutar, em confrontar, que não consegue
perceber que essa obra da carne, essa burrice, está prejudicando a igreja dela
mesma, onde ela e os seus próprios familiares se reúnem, onde ela poderia levar
seus vizinhos e amigos. Os quais não vão mais aos cultos de sua igreja, porque
não acreditam que o evangelho a transformou. Deixam de ir, também, por observar
como ela é com os seus próprios irmãos de fé.
Que tal
conviver sem controlar? Vamos cooperar em vez de competir. Melhor do que
combater é conversar! Afinal, na unidade, até quem perde, ganha.
Na divisão,
até quem ganha, perde!
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