O PRAZER SEM LIMITES PODE ACABAR COM VOCÊ!

 


"Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca". (Mateus 26.41).

Quem conhece as Escrituras, ouve sermões e canta louvores, quando toma uma decisão insensata, de modo sabido, que vai prejudicar a sua própria vida, a vida da sua família, a vida da sua igreja e a vida de pessoas que ainda não se converteram, pratica o que poderia ser chamado de burrice espiritual. Não acredito que um cristão autêntico faça isso simplesmente por mero prazer. Provavelmente, o faz por falta de força. Mas, ainda assim, acaba sendo uma estupidez porque tal pessoa sabe que está fazendo contra si mesma.

 Ainda bem que a Bíblia nos dá muitas dicas para que vençamos essas inclinações, dando a volta por cima. Não estou dizendo que será uma caminhada de perfeição. Mas, de autodesenvolvimento! Talvez, nós até tropecemos nalgumas dessas práticas ou atitudes. Entretanto, não vamos nos conformar e nem vamos nos acomodar. A cada tombo, vamos nos levantar, limpar os joelhos e retomar a jornada. Essa é a proposta!

Falamos, anteriormente, sobre pecados sexuais, pecados religiosos e pecados sociais. Agora falaremos sobre pecados pessoais. Este último grupo de pecados da lista do apóstolo, em Gálatas 5.19-21, descreve pecados relacionados ao descontrole pessoal e a falta de disciplina ou de cuidado com a própria saúde física.

Os dois elementos deste grupo são os pecados de bebedices e glutonarias. “Esses dois últimos pecados tem a ver com a intemperança ou o abuso e a falta de domínio próprio na área da comida e bebida”.[1] Nos dias de Paulo tais práticas eram comuns, tanto entre gregos quanto entre romanos, em suas diversões. Além de fazer parte do cotidiano greco-romano, estas práticas pecaminosas eram validadas pelas várias formas de culto pagão.[2]

Em sua busca insaciável pelo prazer, os pagãos do mundo helênico se entregavam aos desejos mais básicos, por meio das bebedeiras e das orgias, em noites plenas de sexo, bebida e comida sem nenhuma moderação, mergulhados em devassidão.[3] Vale ressaltar que, viver nessas práticas pode significar para quem as pratica uma ilusão de superioridade em relação a quem não tem condições de viver da mesma forma, revelando “um afastamento de Deus e desprezo às pessoas”.[4]

Sem hipocrisia e nem falso moralismo, a sugestão deste modesto texto é que tanto eu quanto você possamos estar atentos a estes dois elementos no cuidado da nossa própria vida. Geralmente, os cristãos evangélicos se preocupam em evitar bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, mais por moralidade do que por saúde. Talvez por causa disso, precisemos vigiar bastante a respeito a estas duas obras da carne que estão relacionadas ao abuso de substâncias. Bebedices e glutonarias são palavras que se referem ao “vício em substâncias e comportamentos que criam o prazer”.[5]



[1] LOPES, Hernandes Dias. Gálatas: A carta da liberdade cristã. Hagnos, 2017. p. 246.

[2] GUTHRIE, Donald. Gálatas: introdução e comentário. Trad. Gordon Chown. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 176.

[3] NICODEMUS, Augustus. Livres em Cristo: A mensagem de Gálatas para a igreja de hoje. Vida Nova, 2016. p. 253.

[4] POHL, Adolf. Carta aos Gálatas: comentário esperança. Trad. Werner Fuchs. 1. ed. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1999, p. 186.

[5] KELLER, Timothy. Gálatas para você. Vida Nova, 2015. p. 157.

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