TRAJETÓRIA CRISTÃ DO PR. ROBERLAN JULIÃO

 (Para quem quiser saber quem sou eu)

MINHA EXPERIÊNCIA DE CONVERSÃO

Eu nasci em 12 de março de 1974, às 12h25min. Sete anos depois, em 1981, apesar da infância sofrida, devido a problemas familiares, fui matriculado na 1ª série do primeiro grau, porque já sabia ler e escrever aos seis anos, graças à minha irmã Rosemary. Sempre gostei de estudar! Tirava boas notas. E isto se refletiu na vida cristã. 

Apesar de não ter pais crentes, minha falecida mãe, vez por outra, frequentava a Casa da Benção perto de onde morávamos. Isso, antes dos meus sete anos. Minha falecida irmã Rosângela (saudades!) era membro da 3ª Igreja Presbiteriana em Centenário, e costumava me levar lá em alguns domingos. Eu participava ativamente dos cultos infantis, dos quais gostava muito.

O meu contato com estas duas igrejas provocou em mim certa curiosidade sobre a vida dos crentes e sobre como lidar com os chamados “santos” dos centros, que, na Casa da Benção, eram chamados de demônios. As questões espirituais sempre mexeram muito comigo. Quando via filmes bíblicos, desejava ter as mesmas experiências dos personagens. Mamãe, embora não fosse cristã, ressaltava que só os crentes podiam ter acesso a Deus, de modo que, quando o mundo acabasse, só os crentes escapariam.

Aos onze anos, os meninos da rua para onde me mudei disseram que “estava na época de entrar para o ‘grupinho’ da igreja” (o que os meninos chamavam de grupinho era um período, semelhante à EBF [Escola Bíblica de Férias] – as crianças participavam de cultos direcionados a elas, ganhavam doces, brinquedos, etc. – e eles sabiam que estava chegando o tempo do grupinho). Fui com eles. 

Entretanto, a irmã Edna (a vida cristã desta mulher me marcou muito, e deixou sementes que, ainda hoje, frutificam), me convidou para fazer parte da Mocidade para Cristo, de uma igreja Assembleia de Deus, em Centenário – Duque de Caxias. Na noite de domingo, o pastor Candinho pregou uma mensagem que eu não entendi, mas sabia que ele falava de Jesus e que, para me tornar um crente, eu deveria levantar minha mão (na hora do apelo), ir à frente, dobrar meus joelhos, frequentar os cultos. 

Fui à frente, decidido a ter um compromisso com Jesus e com a igreja. Era difícil para um garoto de 11 anos, filho de pais separados e não cristãos, pertencer a uma Assembleia de Deus (anos 80) num bairro humilde da baixada. Mas, estava disposto!

Passei a ver as coisas de modo diferente, a ser visto de modo diferente e, pouco-a-pouco, fui adquirindo crenças, valores e comportamentos que, antes da minha decisão, não eram tão importantes. 

O diácono (hoje pastor) João Camilo me emprestava livros da série Yuri – um menino de treze anos que vivia, com dificuldades, a vida cristã na Rússia Comunista – e me orientava muito. Ele me deu minha primeira Bíblia. Ele acreditou em mim e me ajudou a criar raízes. 

Sempre, desde os onze anos (quando me decidi por Jesus), gostei de conhecer a Bíblia. Aprendi com ele. Como eu fazia perguntas... E ele, paciente, respondia. Sempre tinha tempo para mim!

Eu frequentava os cultos, pregava em culto infantil, cantava na mocidade e evangelizava, apesar da pouca estrutura intelectual, emocional e espiritual. Fui batizado aos doze anos e, infelizmente, me afastei aos treze, devido a tentações da idade, mais às restrições da denominação (naquela época) e o fato de não ter estrutura para suportar essas dificuldades.

Conforme comentado, o medo infantil, associado à manifestação em centros espíritas e em casa, mais as manifestações na Casa da Benção me perturbavam, além, é claro, dos filmes de terror, onde o mal sempre vence. Mas a ideia de que Jesus estava comigo e em mim, e de que tinha mais poder que os demônios, dava-me segurança e, mesmo quando tinha medo, sabia que poderia recorrer à oração.

Passou o período do “GRUPINHO” (os meninos ganharam brinquedos, doces, etc. e depois a turminha saiu da igreja). Eu, porém, permaneci. Meu apelido era “crente fiel”, minha mãe achava muito estranho, um garoto de dez anos, falar, vestir-se e viver como “crente assembleiano”, da década de 80. Assimilei sem dificuldades este modo de vida. Em vez de ser influenciado pela religiosidade da minha família, parece que foi o conflito interior que motivou minha busca.

Aos vinte anos, retornei aos caminhos do Senhor, após conhecer e namorar a Giselia (hoje, minha esposa e mãe do meu filho), uma jovem, membro da Igreja Universal do Reino de Deus. Com problemas na família, às 06h30min de uma terça-feira, a IURD foi a única igreja que encontrei com as portas abertas! 

Conversei com o pastor, que me orientou a buscar ajuda em Deus, para eu poder ajudar meus familiares. Reacendeu em meu coração o desejo de servir a Deus, subindo os morros, indo aos hospitais, visitando as pessoas. Desde então, abracei a obra do Senhor, junto com minha namorada, Giselia, com quem casei, em 1997, aos 23 anos.

Queria alcançar testemunhas de Jeová e percebia que precisava de um estudo sistematizado da Bíblia. Queria uma igreja que tivesse Escola Bíblica Dominical. Uma igreja onde eu pudesse ir com minha então noiva, que me oferecesse solidez doutrinária e cujos costumes não a afastassem. Foi quando visitei e gostei da Igreja Batista Nova Aliança, em Olavo Bilac – Duque de Caxias. Da qual passei a ser membro.

Aprendi muito com o pastor Dager de Oliveira Pereira, com suas mensagens ricas de informações – tanto bíblicas quanto seculares - e com a organização buscada pelos batistas. O contato com este pastor gerou em mim um desejo de adquirir mais conhecimento sobre Deus e sobre outros saberes.

MINHA EXPERIÊNCIA DE CHAMADA

Desde os onze anos eu era respeitado como crente. Como eu já disse, os garotos da rua me chamavam de crente fiel. Eu era chamado para pregar, apesar da idade. Não sei explicar o que sentia e o que sinto até hoje: uma certeza e uma esperança forte de que Deus vai alcançar pessoas e amadurecê-las através da minha vida tão breve e tão frágil.

Quando estive na IURD, o irmão Cláudio (uma pessoa que admiro até hoje!), obreiro responsável pelo grupo de evangelização – do qual eu fazia parte – e meu líder, indicou-me para reuniões, onde, possivelmente, eu seria indicado para a liderança da igreja. Mas, não fiquei lá!

Na Igreja Batista Nova Aliança, em menos de dois anos, fui recomendado pelo pastor a ser professor de EBD. E muitos percebiam e mencionavam a minha vocação para conduzir gente a Cristo e à maturidade cristã.

Sempre gostei de pregar! Já que, porém, eu quase não tinha oportunidade para pregar em minha igreja, comecei a chamar os meus vizinhos para expor as Escrituras para eles. Quando convidado para pregar nos cultos evangelísticos e nos cultos em lares de irmãos, não faltava nunca. Quando o pregador convidado ficava impossibilitado de pregar – por algum motivo – eu já ficava em alerta. Sentia o maior prazer em ser pregador substituto de jovens e de seminaristas!

Aos 23 anos, fui para o Seminário Teológico Boas Novas (PIB Pavuna – Pr. Theodomiro José de Freitas) para me preparar. Não tinha tempo suficiente na denominação (nem dinheiro!) para ser recomendado a um seminário reconhecido pela denominação. Mas tinha paixão!

Não pensei duas vezes! Fui cursar Teologia em dois anos, mesmo sabendo que não seria um curso bem apreciado denominacionalmente. Contudo, o principal para mim é aprender. Status vem depois. Se vier...

Meu coração vibrou quando o pastor Carlos Antonio da Silva, então pastor da congregação da Primeira Igreja Batista em Jardim Metrópole, me apresentou ao pastor Sérgio Alcântara, para que eu fosse responsável pela Missão Batista, da Segunda Igreja Batista em Vilar dos Teles. Fiz cursos para me atualizar, enquanto dirigia a missão batista no Dique, em Vilar dos Teles, onde fiquei quatro anos e meio.

Fui pai social, junto com minha esposa, morando juntos com cerca de onze meninos, de seis a 14 anos, sob a supervisão e a confiança do Pr. Ezequias Garcia. Nós íamos para a igreja e vivíamos como uma família, durante um período de dois anos e meio, aproximadamente.

Em 2001, ingressei no SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DO SUL DO BRASIL, na Tijuca, mas conclui no campus em São João de Meriti, em 17 de dezembro de 2004, como o orador da turma.

Em 2003, assumi a Missão Batista em Vila Rosário, começando do zero, com algumas dificuldades, porém com muito amor por aquelas pessoas.

Em 2004 auxiliei, com muito gosto, a líder dos adolescentes, Nilda Reis, da IGREJA BATISTA MEMORIAL EM OLAVO BILAC, irmã Nilda Reis, até o final do ano, quando fui indicado para trabalhar na Educação Religiosa da igreja, a partir de 1 de Janeiro de 2005.

Em 2009, fui graduado em Liderança Avançada pelo INSTITUTO HAGGAI BRASIL.

No ano de 2013, integralizei créditos para o meu curso de Bacharel em Teologia, pela FACULDADE UNIDA DE VITÓRIA – ES, no Seminário Teológico Batista de Duque de Caxias - RJ, em parceria com a UNIGRANRIO, em Duque de Caxias. E em 2015, concluí minha pós-graduação em Ciências da Religião, também, pela UNIGRANRIO.

Até o final do primeiro semestre de 2022, lecionei em dois seminários: Seminário Teológico Escola de Profetas e Seminário Teológico Batista Belforroxense. 

Em 2015, comecei a lecionar Novo Testamento, no então Seminário Teológico Batista em Vigário Geral, que mudou de nome: Seminário Teológico Escola de Profetas - RJ. 

Em 2017 comecei a lecionar Introdução ao Estudo da Bíblia e Missões e Evangelismo, no Seminário Teológico Batista Meritiense (STBM), em São João de Meriti – RJ. 

Em 2018, comecei a lecionar Fundamentos da Educação Cristã, no Seminário Teológico Batista Nordeste Carioca (STBNC), em Anchieta, na cidade do Rio de Janeiro - RJ. 

Em 2019, comecei a lecionar Missiologia, no Instituto Bíblico das Assembleias de Deus (IBAD), em Duque de Caxias - RJ.

No primeiro semestre de 2022, lecionei Introdução ao Estudo da Bíblia no Seminário Teológico Batista Belforroxense (STBB), Belford Roxo – RJ. No segundo semestre do mesmo ano, gravei dois cursos na Faculdade Vitória em Cristo, Rio de Janeiro - RJ: Bibliologia e Antropologia Bíblica.

MINHA EXPERIÊNCIA NO MINISTÉRIO PASTORAL

Em 16/04/05, aos 31 anos, com a aprovação da Igreja Batista Memorial em Olavo Bilac, em assembleia, sob a bênção do Pr. Carlos Antonio da Silva, sob o reconhecimento da ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL, SEÇÃO FLUMINENSE (OPBB/FL) – SUBSEÇÃO MERITIENSE), fui consagrado ao Ministério Pastoral. E nesta igreja, presidi, pela primeira vez, o culto administrativo e ministrei, também, pela primeira vez, as ordenanças do batismo e da ceia. Sou muito grato pelas oportunidades e incentivos que recebi do meu pastor.

Ainda em 2005, fui indicado pelo Conselho de Planejamento e Coordenação da Associação Batista Meritiense (ABM) para relator da Comissão para Assuntos Eclesiásticos (2005-2008). Mais uma porta aberta pelo Pr. Ezequias Garcia. A quem agradeço por cada oportunidade!

Em 2007, fui eleito 2º Vice-Presidente da ABM (2007-2008). Em 2008, fui eleito Presidente da mesma (2008-2009) e fui reeleito para continuar presidindo até 2011. Fui, também, eleito membro da Comissão de Ética da OPBB Meritiense (2006-2007). Nesta mesma organização, fui eleito 2ª Secretário (2013-2014). Fui eleito, novamente, presidente da ABM (2014-2015 e 2015-2016). Fui eleito, também, membro da Comissão de Ética, da OPBB/FL (2015-2018). Também cheguei a ser membro do Conselho Deliberativo (2015-2019) da Convenção Batista Fluminense (CBF).

O segundo semestre de 2006 foi um período marcante para minha vida e ministério, na IGREJA BATISTA MEMORIAL EM OLAVO BILAC. Assumi, interinamente, a presidência e o pastorado da mesma, com unanimidade nos votos, de modo democrático e transparente, considerando a inexperiência do pastor e a apresentação de sua metodologia de trabalho. A igreja – obreiros e membresia concordaram em trabalhar junto com o pastor, submetendo-se à sua visão pastoral e confiando nela.

Presidi – sozinho – os cultos administrativos, ministrei (também, sozinho) a ceia do Senhor e batizei o casal de noivos Alex e Kelly (hoje casados). Sou grato a Deus por tudo que aprendi nesta igreja, pelos amigos e irmãos que ganhei, pelo auxílio financeiro, no último ano do Seminário – 50% oriundo da igreja e 50% do casal Marcelo Rodrigues e Kátia Ramos. Irmãos que me ajudaram a me formar. Aonde eu for, chegarei porque eles me ajudaram e acreditaram no meu ministério.

No início de 2007, fui pastoreado pelo amigo e mentor Elias Bento dos Reis, na IGREJA BATISTA VALE DE BENÇÃO, senti muita alegria em ser submisso a um pastor e amigo! Sou muito grato a Deus por esta nova comunidade que conheci, pela honra que recebi de seus obreiros e pelo carinho manifestado por todos. Não tenho palavras para agradecer tanta honra, tanto carinho, tanto amor e tanta oração em Vale de Bênção.

Em 31/03/08­, conheci quatro diáconos da IGREJA BATISTA EM TELES DE MENEZES, que foram pedir auxílio à nossa Associação. Cinco dias depois, convidaram-me para pregar numa quinta-feira (10/04/08). No domingo seguinte (13/04/08), a igreja me convidou para ser o seu pastor interino. Em 17/08/08, fui eleito com 85 votos a 01, para ser o pastor titular da mesma. Em 20 de setembro do mesmo ano, houve o culto de posse. Fui o pastor desta igreja até o dia 24/02/19, tendo recebido consideração e apoio, alcançado, acolhendo, acompanhando e ajudando alguns, nesta igreja que tanto amei, dedicando dez anos da minha vida, participando dos melhores e dos piores momentos da vida de cada irmão!

Em 28 de junho de 2020, enquanto o processo de sucessão pastoral do qual eu participava estava pausado, em decorrência da pandemia de coronavírus, o Pr. Antonio Marcos Paula de Souza me apresentou o Dc. Genésio de Oliveira, que me apresentou ao Dc. Joel Corrêa, que me apresentou à Segunda Igreja Batista em Vila Pauline, quando preguei pela primeira vez no culto da manhã e da noite. Estavam convidando pastores para pregar devido a estarem sem pastor. Em 27 de setembro fui eleito o seu pastor presidente, depois de uma caminhada muito agradável com esta igreja que me tratou muito bem! Muitos foram os desafios, mas pude contar com a ajuda divina para seguir com eles, contribuindo para o exercício do ministério desta amada igreja até o dia 18 de setembro de 2022, quando precisei entregar o ministério, pela necessidade de aceitar um emprego que só me oferecia uma folga dominical por mês.

Sou grato a Deus porque EM 2012 gravei meu CD musical “ACHA-ME!” (disponível no YouTube, no Spotify, no Deezer e em outras plataformas), lancei em 2013 o meu primeiro livro “ENTRE OS SONHOS DE DEUS E AS REALIDADES HUMANAS”, em 2019 eu lancei o meu segundo livro: “PASTOR PRA QUÊ?”, no início de 2021 eu lancei o meu terceiro livro: “O DIÁCONO GENTE BOA” e, no final do ano passado eu lancei o meu quarto livro: “TRAJETÓRIA BATISTA”. Além disso, tenho muitas pregações gravadas em CDs e DVDs. Algumas delas estão disponíveis no meu canal do YouTube: Roberlan Julião Palavra Simples, onde há pregações mais recentes, além de aulas, mensagens curtas e podcasts.

Em 2018, publiquei pela Convenção Batista Fluminense (CBF) a minha primeira revista de escola dominical para todas as igrejas batistas do Estado do Rio de Janeiro – a revista Palavra e Vida. Em 2020 tive o privilégio de ser mais um autor da revista Diálogo e Ação, da Convenção Batista Brasileira, para todo o Brasil, além de continuar sendo um colaborador do O Jornal Batista (CBB) e da revista Teologia em Diálogo (UNIGRANRIO).

Estudo, trabalho, sonhos, famílias e amigos, são muito importantes para mim. Mas, só desfruto dessa benção se for dentro dos propósitos de Deus para a minha vida. O que sinto, o que penso, o que as pessoas e as circunstâncias dizem, seja de bom ou de mal, para mim ou de mim, são instrumentos de Deus a me lembrar de que nasci para conduzir pessoas a uma vida com mais qualidade, uma vida melhor, plena e abundante, rumo à eternidade. Porque a nossa vida eterna começa aqui!

Bem, este sou eu: Roberlan Julião da Silva. Casado com Giselia Andrade do Nascimento Silva, desde 01/11/1997, e pai de Roberlan Julião Andrade, nascido em 08/06/2017. Há 19 anos, pastor de almas, somente pela graça de Deus e apenas para a sua glória, no poder do seu Espírito.