"Quando vocês ficarem irados, não pequem".
Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao diabo.
(Efésios 4.26,27).
Quando
a Bíblia fala de iras[1], fala de explosões de raiva[2], de arder em indignação, de destempero emocional, por qualquer motivo. Você já viu
aquele rompante, em que a pessoa tem explosões de raiva e fica ardendo em
indignação? Ficar indignado, todo mundo fica. Entretanto, quando agimos assim, ardendo
em indignação, somos consumidos como o pavio de uma vela que se derrete. E
nesse destempero emocional, a pessoa perde o equilíbrio e deixa de evoluir.
Quando
a Bíblia reprova esta obra da carne, não porque tal explosão de raiva não ter
um motivo justo, como ocorre com a indignação seletiva, que só é dirigida
contra pessoas de quem não gostamos muito e não contra o erro em si (de alguém
a quem amamos ou não). A Bíblia reprova tal obra da carne porque não é coerente
ao cristão “um temperamento violento e explosivo, presente em pessoas que se
estouram por qualquer motivo e manifestam destempero emocional”[3] diante das situações.
Esta
obra da carne não está relacionada a uma justa indignação sentida, ao vermos uma
coisa errada. Isso acontece! Trata-se de algo que acontece, inclusive por motivos
fúteis, a uma pessoa que fica descontrolada com frequência. Imagine o mal que isso gera numa igreja!
Todos nos
lembramos de quando o povo perturbou tanto Moisés, a ponto de ele bater na
rocha e ser proibido por Deus de entrar na Terra Prometida, porque agiu como
não deveria por ter perdido o equilíbrio, depois de tanta pressão do povo
rebelde que ele conduzia[4]. Aplicando aos nossos dias, sabemos que o povo faz
coisas que podem desequilibrar o pastor. Isso pode acontecer! Mas, todo dia?
Lembremos que não era todo dia em que Moisés perdia o equilíbrio. Foi naquele
dia!
Precisamos
ficar atentos. Existem irmãos que vivem irados. Tudo os aborrece! Tais irmãos se
desgastam, como uma vela, cujo fogo não acaba enquanto não a destrói pelo
consumo do seu pavio cada vez mais curto. É importante, contudo, destacar que ira
não é ódio. Ambos são distintos. Enquanto o ódio se
estende, a ira explode, surgindo de repente e logo se esvai. O ódio tem
a ver com a vingança. A pessoa, de modo frio e pensado, vai fazendo o mal:
prejudicando os outros, minando relacionamentos, sufocando a outra pessoa,
puxando o tapete de um desafeto, até que consiga dar uma rasteira definitiva e
ainda agir como se nada tivesse acontecido. Uma pessoa irada, em plena
explosão, não seria tão categórica.
Precisamos
ser cautelosos, para não perder o equilíbrio. Afinal, isso prejudica muito a
vida de uma igreja! Como um líder vai aconselhar
um irmão iracundo? Como orientar aquela irmã que cospe maribondo? Ou seja, a
igreja perde qualidade no trabalho porque as pessoas, além de medíocres, não
são ensináveis e, ainda por cima, atacam no primeiro descontentamento! Isso não
é tolerável na vida de um cristão.
Você já
parou para pensar quem é você em relação à ira ou às explosões de raiva? Que
nota você daria, de 0 a 10, para si mesmo em relação a isso? Pense com carinho
a respeito das suas emoções!
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