A Septuaginta | #Bibliologia 017

Os apóstolos e os primeiros cristãos, segundo estudiosos, recorriam ao Antigo Testamento Grego, traduzido do hebraico e do Aramaico, a partir do século III a.C. Esta tradução é conhecida como Septuaginta ou a Bíblia Grega dos Setenta (ou LXX). Ela é mais citada pelos autores do Novo Testamento e pelos cristãos primitivos do que qualquer outra versão. [1]

Os líderes da comunidade judaica em Alexandria, uma cidade do Egito, foram responsáveis por produzir esta tradução do Antigo Testamento. O nome Septuaginta (LXX) vem da palavra grega “setenta”. [2] E a Septuaginta tem este nome porque foi elaborada por setenta escribas judeus, na cidade de Alexandria, no Egito.

Como a maioria dos judeus em Alexandria falava grego, e não hebraico, fez-se necessário tal tradução, para que pudessem ler e compreender o texto sagrado.[3] É importante destacar que a LXX continha sete livros a mais que a Bíblia Hebraica. Os quais são chamados pelos protestantes de apócrifos e pelos católicos de deuterocanônicos.

Além disso, a LXX contém um salmo a mais que o texto hebraico no livro dos Salmos (o Salmo 151).  E na Septuaginta, o livro de Daniel e de Ester contém acréscimos, enquanto o livro de Jeremias é suprimido. [4]

A inclusão dos livros apócrifos faz com que a LXX seja muito importante para o estudo da Bíblia. [5] Podemos comparar a Septuaginta a uma ponte que conecta duas partes diferentes da história da Bíblia. Assim como uma ponte permite que as pessoas se movam de uma margem do rio para a outra, a Septuaginta permitiu que a mensagem da Bíblia hebraica fosse traduzida para o grego, tornando-a acessível a um público mais amplo.

Além disso, assim como uma ponte pode ser usada para transportar cargas mais pesadas do que um barco, a Septuaginta inclui os livros apócrifos, o que a torna uma versão mais ampla e importante para o estudo da Bíblia, pelo fato de possuir muitas informações extras.



A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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[1] GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou Até Nós. São Paulo: Vida, 1997. p. 92.

[2] Ibid., p. 196.

[3] AKIL, Teresa. O que é Bíblia? Rio de Janeiro: MK Editora, 2005, pp. 53-54.

[4] FERNANDES, Leonardo Agostini. A Bíblia e a sua Mensagem: introdução à leitura e ao estudo da Bíblia. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Reflexão, 2010. p. 26.

[5] GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou Até Nós. São Paulo: Vida, 1997. p. 92.

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