Aceitação dos Livros Inspirados | #Bibliologia 011

Três fatores contribuíram efetivamente para o processo de canonização do Velho Testamento. A saber: a inspiração, o reconhecimento e coleção dos textos. Primeiramente, a inspiração divina. O reconhecimento por parte do povo de Deus, também fez diferença. E a coleção e a preservação dos textos pelo povo de Deus, com o passar dos anos, fortaleceu o suporte para a canonização, que ocorreu por volta de 400 a.C.[1], com o testemunho de Flávio Josefo, nos anos 90 d.C. e os debates em Jâmnia em 99 d.C. Portanto, antes do nascimento de Cristo, já estava consolidada a aceitação dos 39 livros do Antigo Testamento, tidos como inspirados pela Igreja, também.[2]

O Novo Testamento foi canonizado, considerando o vínculo dos autores com Cristo ou com os discípulos originais; considerando, também se tinha autoria apostólica ou de alguém debaixo de autoridade apostólica.[3] Vale ressaltar que o Novo Testamento era citado pelos pais da Igreja, por volta da segunda metade do segundo século.[4] Por volta do século V, os 27 livros do Novo Testamento tinham sido aceitos pela Igreja como inspirados.[5] Alguns livros foram rejeitados pelo fato de não serem tidos como inspirados, por não reivindicarem autoridade profética, por não serem respaldados pela liderança religiosa de então (coleção).


A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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[1] “... a tarefa de Esdras foi levar o povo a aceitar um código escrito e sagrado como regra absoluta de fé e de vida. Trata-se já da formação de um Cânon. Portanto, o começo, por consenso geral do Cânon do Antigo Testamento, deve-se encontrar na promulgação que Esdras faz da Lei (444 a.C.)”. Para mais informações, cf.: ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003. p. 36.

[2] Josefo enfatiza a reverência que os judeus tinham pelos livros reconhecidos como sagrados, há séculos, em seu tempo. Os quais receberam mais apoio ainda nos debates em Jâmnia. (cf.: ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003. pp. 33,34).

[3] LIMPIC, Ted. De Onde Veio a Bíblia. Série Levando Deus a sério: volume 3. São Paulo: Editora Sepal, 1995. p. 13.

[4] GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou Até Nós. São Paulo: Vida, 1997. pp. 105-108.

[5] ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003. p. 54.

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