Três fatores contribuíram efetivamente para o processo de
canonização do Velho Testamento. A saber: a inspiração, o reconhecimento e
coleção dos textos. Primeiramente, a inspiração divina. O reconhecimento por
parte do povo de Deus, também fez diferença. E a coleção e a preservação dos
textos pelo povo de Deus, com o passar dos anos, fortaleceu o suporte para a
canonização, que ocorreu por volta de 400 a.C.[1], com o testemunho de
Flávio Josefo, nos anos 90 d.C. e os debates em Jâmnia em 99 d.C. Portanto,
antes do nascimento de Cristo, já estava consolidada a aceitação dos 39 livros
do Antigo Testamento, tidos como inspirados pela Igreja, também.[2]
O Novo Testamento foi canonizado, considerando o vínculo dos autores
com Cristo ou com os discípulos originais; considerando, também se tinha
autoria apostólica ou de alguém debaixo de autoridade apostólica.[3] Vale ressaltar que o Novo
Testamento era citado pelos pais da Igreja, por volta da segunda metade do segundo
século.[4] Por volta do século V, os
27 livros do Novo Testamento tinham sido aceitos pela Igreja como inspirados.[5] Alguns livros foram
rejeitados pelo fato de não serem tidos como inspirados, por não reivindicarem
autoridade profética, por não serem respaldados pela liderança religiosa de
então (coleção).
A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?
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[1] “... a tarefa de Esdras foi levar o povo a aceitar um código escrito e
sagrado como regra absoluta de fé e de vida. Trata-se já da formação de um
Cânon. Portanto, o começo, por consenso geral do Cânon do Antigo Testamento,
deve-se encontrar na promulgação que Esdras faz da Lei (444 a.C.)”. Para mais informações, cf.: ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da
Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003. p. 36.
[2] Josefo enfatiza a reverência que os judeus tinham pelos livros
reconhecidos como sagrados, há séculos, em seu tempo. Os quais receberam mais
apoio ainda nos debates em Jâmnia. (cf.: ANGUS,
Joseph. História, Doutrina e
Interpretação da Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003. pp. 33,34).
[3] LIMPIC, Ted. De
Onde Veio a Bíblia. Série Levando Deus a sério: volume 3. São Paulo:
Editora Sepal, 1995. p. 13.
[4] GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou
Até Nós. São Paulo: Vida, 1997. pp. 105-108.
[5] ANGUS, Joseph. História,
Doutrina e Interpretação da Bíblia. São Paulo: Hagnos, 2003. p. 54.
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