#003 - FUJA DA MEDIOCRIDADE ESPIRITUAL!!!

O SENHOR disse a Caim: “Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto? Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo”. (Gênesis 4.6,7). 

Aprendemos em Gênesis 4 que o vínculo religioso e a prática religiosa, não substitui a motivação e a atitude do coração. Se valorizarmos algo mais do que Deus, ficaremos sem os dois, e sem algo mais. E o pior: temos o poder de contagiar as pessoas com a mediocridade e com a excelência. É só acompanhar a descendência de Sete em contraste com a de Caim. 

Corremos o risco de entender que Deus teve preferência por Abel e sua oferta, pelo fato de ser um sacrifício, de ser um animal sacrificado. Mas, vimos em Levítico 2 que Deus receberia de seu povo oferta de cereais, da melhor farinha, de pães ou bolos sem fermentos e de grãos. Parece que a atitude de Caim impedia sua oferta de ser agradável ao SENHOR. Quando João faz a releitura da Caim e Abel, detecta malignidades em seu ser, e diz que suas obras eram más. (1João 3.12). Deus está mais voltado para nossas motivações do que para nossas ações. Não que possamos viver de qualquer maneira. No entanto, Deus não se impressiona com nossos rituais, sejam modernos e extravagantes ou antigos e tradicionais. 

Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou. Como é difícil admitir erros! Sempre há justificativas para nossos erros! O motivo geralmente é externo: o governo, a família, a escola, a igreja, os irmãos, etc. Caim ficou indignado por Deus não receber sua oferta, em vez de demonstrar arrependimento, ou perguntou o motivo da rejeição ou admitiu que seu irmão fez o melhor. 

Como um bom religioso, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. De acordo com o texto hebraico “de um fruto da terra uma oferta (sacrifício/presente) para o SENHOR”. As palavras FRUTO e OFERTA no original não são precedidas de artigo definido (o, a, os, as). Quando isso acontece, os substantivos ficam indefinidos. Nem ao menos há no texto algo que destaque o fruto ou a oferta (os melhores dos primeiros frutos), como ocorre com a oferta de seu irmão. Ele trouxe, uma oferta ao SENHOR, daquilo que retirou da terra. Nem os primeiros, nem os melhores frutos. 

O SENHOR aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta.  Antes de querer nossa oferta, Deus nos quer! Não foi o presente de Abel que gerou prazer em Deus. Abel era um prazer para Deus. Sua oferta era a extensão de sua pessoa e de seu desejo de agradar. Abel demonstrou através de seu melhor presente os seus mais profundos sentimentos. 

Nossa dedicação reflete nossas prioridades, e nossas prioridades refletem nossos interesses. E nossos interesses dizem quem nós somos.

Quando dedicarmos qualquer coisa a Deus, lembremos que ele vê e aceita, primeiro, o ofertante, depois a oferta.


03 de janeiro de 2024.



A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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