O Que São os ANTILEGOMENA? - Níveis de aceitação PARTE 3 | #Bibliologia 012

 

Outros livros foram rejeitados por alguns. Ou seja, eram disputados, contraditados. Os quais foram chamados de antilegomena.[1] Embora tenham sido aceitos como textos sagrados em dado momento, vez por outra, eram questionados novamente por algum motivo.[2] Inicialmente, os antilegomena foram considerados canônicos, mas posteriormente surgiram controvérsias que provocaram uma reavaliação de sua autenticidade. No contexto veterotestamentários, tais livros foram aceitos pelo povo de Deus, mas escolas de pensamento posteriores questionaram sua canonicidade, o que foi debatido por séculos. Finalmente, os livros foram reconhecidos como canônicos por serem inspirados, mas algumas controvérsias resultaram na categorização de "antilegomena" para eles.

Cinco livros do atual Antigo Testamento foram questionados em diferentes épocas: Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios. No entanto, no final, a autoridade divina de todos os cinco livros foi reconhecida. Apesar de terem sido categorizados como antilegomena, a maioria da comunidade religiosa considerou esses livros como canônicos há muito tempo. As controvérsias surgiram em diferentes épocas, mas a percepção da inspiração divina foi fundamental para o reconhecimento da canonicidade desses livros.

No início do século IV, alguns livros do Novo Testamento eram considerados inspirados pelos estudiosos primitivos, mas não foram reconhecidos universalmente pelas comunidades cristãs. Contudo, o fato de terem sido questionados por alguns estudiosos em uma época não significa que sua presença no cânon atual seja menos firme do que a dos outros livros.[3]

O principal problema enfrentado pela aceitação da maioria dos livros do Novo Testamento não era se eles eram ou não inspirados, mas sim a falta de comunicação entre a Igreja do Oriente e a Igreja do Ocidente a respeito da autoridade divina dos escritos. A comunicação entre os líderes da Igreja tornou-se crucial para a aceitação definitiva dos antilegomena. Somente quando os fatos foram conhecidos, a partir de informações compartilhadas pelos líderes da Igreja, foi possível alcançar a aceitação final e total dos 27 livros do Novo Testamento.

No contexto neotestamentário, historiador Eusébio relatou que sete livros enfrentavam questionamentos sobre sua autenticidade por parte de alguns líderes da Igreja: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Devido à falta de comunicação e interpretações incorretas, alguns líderes da Igreja se posicionaram contra esses livros, denominados de "antilegomena". No entanto, quando a verdade sobre esses livros se tornou conhecida por todos, eles foram aceitos plenamente e definitivamente, passando a fazer parte do cânon sagrado, exatamente como eram reconhecidos pelos cristãos primitivos desde o início.


A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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[1] CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Candeia, 1995, V. 1, p. 190.

[2] GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou Até Nós. São Paulo: Vida, 1997. pp. 88-90.

[3] Ibid., pp. 114-118.

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