Outros livros foram rejeitados por alguns. Ou
seja, eram disputados, contraditados. Os quais foram chamados de antilegomena.[1] Embora tenham sido aceitos
como textos sagrados em dado momento, vez por outra, eram questionados
novamente por algum motivo.[2] Inicialmente, os
antilegomena foram considerados canônicos, mas posteriormente surgiram
controvérsias que provocaram uma reavaliação de sua autenticidade. No contexto
veterotestamentários, tais livros foram aceitos pelo povo de Deus, mas escolas
de pensamento posteriores questionaram sua canonicidade, o que foi debatido por
séculos. Finalmente, os livros foram reconhecidos como canônicos por serem
inspirados, mas algumas controvérsias resultaram na categorização de "antilegomena"
para eles.
Cinco
livros do atual Antigo Testamento foram questionados em diferentes épocas:
Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Ester, Ezequiel e Provérbios. No entanto, no
final, a autoridade divina de todos os cinco livros foi reconhecida. Apesar de
terem sido categorizados como antilegomena, a maioria da comunidade religiosa
considerou esses livros como canônicos há muito tempo. As controvérsias
surgiram em diferentes épocas, mas a percepção da inspiração divina foi
fundamental para o reconhecimento da canonicidade desses livros.
No
início do século IV, alguns livros do Novo Testamento eram considerados
inspirados pelos estudiosos primitivos, mas não foram reconhecidos
universalmente pelas comunidades cristãs. Contudo, o fato de terem sido questionados
por alguns estudiosos em uma época não significa que sua presença no cânon
atual seja menos firme do que a dos outros livros.[3]
O
principal problema enfrentado pela aceitação da maioria dos livros do Novo
Testamento não era se eles eram ou não inspirados, mas sim a falta de
comunicação entre a Igreja do Oriente e a Igreja do Ocidente a respeito da
autoridade divina dos escritos. A comunicação entre os líderes da Igreja
tornou-se crucial para a aceitação definitiva dos antilegomena. Somente quando
os fatos foram conhecidos, a partir de informações compartilhadas pelos líderes
da Igreja, foi possível alcançar a aceitação final e total dos 27 livros do
Novo Testamento.
No
contexto neotestamentário, historiador Eusébio relatou que sete livros
enfrentavam questionamentos sobre sua autenticidade por parte de alguns líderes
da Igreja: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, Judas e Apocalipse. Devido à
falta de comunicação e interpretações incorretas, alguns líderes da Igreja se
posicionaram contra esses livros, denominados de "antilegomena". No
entanto, quando a verdade sobre esses livros se tornou conhecida por todos,
eles foram aceitos plenamente e definitivamente, passando a fazer parte do
cânon sagrado, exatamente como eram reconhecidos pelos cristãos primitivos
desde o início.
A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?
Copie e cole este link para estudar comigo: https://go.hotmart.com/B73876721S?dp=1
0 Comentários