O Que São os PSEUDEPÍGRAFOS? - Níveis de aceitação PARTE 2 | #Bibliologia 012

 

Alguns livros foram rejeitados por todos. Os quais são denominados pseudepígrafos. Esta palavra é a transliteração de uma palavra grega que poderia ser traduzida para a língua portuguesa como “escrito falso” ou “escrito espúrio”. Não eram tratados como escritos pertencentes aos autores a quem eram atribuídos e nem como textos inspirados.[1] Pseudepígrafos são documentos religiosos espúrios que circulavam na antiga comunidade judaica, mas não foram aceitos como texto sagrado a compor o Antigo Testamento.

Muitos deles eram falsos, mas alguns tinham raízes em alguma verdade. Eles surgiram de dentro de um contexto de fantasia ou tradição religiosa e frequentemente eram resultado de especulação espiritual sobre assuntos não explicados nas Escrituras canônicas, como a vida do patriarca Enoque e a morte e glorificação de Moisés. Essas especulações foram a base para obras como o livro de Enoque e Assunção de Moisés.

O Novo Testamento menciona verdades destas obras (Jd 14,15) e a penitência de Janes e Jambres (2Tm 3.8), mas esses livros não são considerados Escrituras inspiradas ou com autoridade.[2] No contexto neotestamentário, os pseudepígrafos são considerados relativamente históricos, mas contêm erros gnósticos, docéticos e ascéticos e eram aceitos por alguns grupos heréticos. E, talvez, citados por uns pais ortodoxos da Igreja, a maioria do cristianismo os considerava espúrios e ímpios, seguindo Eusébio. Esses livros têm semelhanças com os pseudepígrafos do Antigo Testamento, que buscam desvendar mistérios não revelados nos livros canônicos, como a infância de Jesus, e apresentam uma tendência mórbida de apoiar doutrinas por meio de fraudes com pretensão religiosa.[3]


A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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[1] CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Candeia, 1995, V. 5, pp. 490-491.

[2] GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica: Como a Bíblia Chegou Até Nós. São Paulo: Vida, 1997. p. 86.

[3] Ibid., p.112.

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