Revelação Especial | #Bibliologia 008

“A revelação é o fato da comunicação divina; a inspiração é o meio; a iluminação, o dom de compreender essa comunicação.” (Norman Geisler). A revelação se refere à exposição da verdade, ou seja, é a origem da verdade divina e sua transmissão aos homens. Já a inspiração está relacionada à recepção e ao registro dessa verdade. Por fim, a iluminação diz respeito à compreensão da verdade descoberta.

A revelação é o ato de Deus comunicar sua mensagem aos seres humanos. A inspiração, por sua vez, é o meio que Deus utilizou para que essa mensagem pudesse ser registrada e preservada nas Escrituras. Por fim, a iluminação é a ação do Espírito Santo sobre os corações e mentes dos crentes, permitindo que eles possam compreender e aplicar a mensagem revelada e inspirada nas Escrituras às suas vidas.

A inspiração é o meio pelo qual a revelação se torna uma exposição objetiva e aberta. No entanto, ela não garante que os homens compreendam a verdade revelada. É necessário que haja iluminação espiritual no coração e na mente das pessoas para que possam compreender essa verdade.

Segundo 1 Timóteto 3.16, as Escrituras detém a última palavra em doutrina e ética. A Palavra escrita de Deus deve ser a lei que controla a moral e a doutrina cristã. Não por causa dos autores, mas por causa dos textos. “Em suma, a definição adequada de inspiração precisa ter três fatores fundamentais: Deus, o Causador original, os homens de Deus, que serviram de instrumentos, e a autoridade escrita, ou Sagradas Escrituras, que são o produto final.” (Norman Geisler). Ou seja, a inspiração bíblica envolve a ação conjunta de Deus e dos homens de Deus para produzir a autoridade escrita das Escrituras Sagradas.

Hoje compreendemos a mensagem revelada por Deus, que os autores receberam, para que pudessem escrever os textos inspirados, que são entendidos por nós mediante a iluminação espiritual sobre nossos corações e mentes. Em outras palavras, Deus se revelou aos autores bíblicos, que registraram a mensagem divina em suas palavras, e ainda hoje, através do Espírito Santo, essa mensagem continua a ser compreendida e aplicada pelos cristãos em suas vidas.

Os textos originais foram inspirados por Deus. As cópias, não. A autoridade da Bíblia decorrente da sua inspiração divina não é estendida automaticamente a todas as cópias e traduções da mesma. 

Apenas os manuscritos originais, também conhecidos como autógrafos, foram diretamente inspirados por Deus. Portanto, quaisquer erros e mudanças que ocorreram nas cópias e traduções não podem ser atribuídos à inspiração original da Bíblia. Divergências nas cópias e traduções não podem ser atribuídos à inspiração original.

2 Reis 8.26 diz que Acazias tinha 22 anos de idade quando foi coroado rei, enquanto 2 Crônicas 22.2 diz que tinha 42 anos, dependendo das versões. Em I Reis 4.26, está escrito que Salomão tinha quatro mil estábulos para cavalos e carros, enquanto em 2 Crônicas 9.25, o número é dado como quatro mil e quinhentos.

Esse tipo de discrepância numérica é um exemplo de erro que pode ser encontrado nas cópias das Escrituras, e é geralmente atribuído a erros de transcrição ou de copistas que inseriram acidentalmente ou omitiram números ao copiar os textos. No entanto, esses erros não afetam a mensagem geral ou a inspiração das Escrituras originais.

É importante ressaltar que somente o que é ensinado na Bíblia é inspirado por Deus e, portanto, não contém erros. No entanto, nem tudo o que está na Bíblia é isento de erros, como por exemplo, os relatos de atos pecaminosos que não são elogiados ou recomendados, mas sim condenados pela Bíblia. A Bíblia até mesmo narra algumas das mentiras de Satanás, mas isso não significa que a Bíblia ensine que essas mentiras sejam verdadeiras. O que a inspiração divina garante é que essas narrações são registros verdadeiros de perversidades e mentiras satânicas.


A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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