#042 - OUÇA, FAÇA, CONTINUE.

 Moisés sacrificou o carneiro e pôs um pouco do sangue na ponta da orelha direita de Arão, no polegar da sua mão direita e no polegar do seu pé direito(Levítico 8.23).

Sabemos que não é o homem quem estabelece normas para o culto. Após descrever os detalhes, Deus proibiu seu povo de comer sangue e gordura, estabeleceu que o sacerdote comesse o peito e a coxa direita do animal sacrificado como oferta de comunhão e, por último, mandou que Moisés trouxesse Arão e seus filhos para a consagração ao ministério, diante do povo.

O sangue, de homem ou de animal, como símbolo da vida, não poderia ser profanado. Deus estima a vida, dom precioso e misterioso, que deve ser respeitado. A vida animal, derramada em sacrifício, substituía a vida da pessoa que pecou (diante de quem tinha legitimidade para receber esta oferta – o SENHOR). A gordura pertencia só a Deus, devendo ser queimada no altar para ele.

O ministro pode tirar proveito do que faz a Deus, mas há coisas que só a Deus pertence. O ofertante tinha que dar a coxa e o peito para o sacerdote. Uma honra devida ao ministro. Há, porém, honras exclusivamente devidas a Deus. Não comer gordura ensinava isso a Israel.

A consagração segue estes passos: oferta pelo pecado, holocausto e oferta para a ordenação; um rito de investidura que simboliza a preparação e a habilitação para o serviço sacerdotal. A orelha, a mão e o pé do sacerdote são completados para o ministério, por meio de sangue derramado.

Para que Arão fosse justificado, a fim de ministrar ao SENHOR, um inocente morreu. Este sacrifício simbolizou sua santificação, com outra vida sendo consumida no altar e fumegando até às narinas de Deus. Para a consagração, outra vida foi derramada perante o SENHOR. Nos três sacrifícios, os sacerdotes colocaram as mãos sobre a cabeça do pobre animal, identificando-se com ele.

Imagino que a lembrança do sofrimento de um ser inocente deve ter sido uma experiência desconfortável para eles. Foi necessário o sacrifício de um animal para que eles se tornassem no que haveriam de ser: ministros de Deus, ungidos para ouvir, trabalhar e viver exclusivamente para Ele.

 

 

11 de fevereiro de 2024.



A Bíblia é a Palavra de Deus em LINGUAGEM humana. Mas, como entender textos escritos em épocas e regiões tão distantes?

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