Quando Mardoqueu recebeu a resposta de Ester, mandou dizer-lhe: "Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, de todos os judeus só você escapará, pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família de seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?" (Ester 4.12-15).
Talvez Ester tenha pensado que sua beleza tenha sido apenas uma
ferramenta para promovê-la à coroa persa. Talvez, ser rainha seria o suficiente
para qualquer mortal! No entanto, o fato de ser rainha ajudaria Ester a
proteger o povo de Deus, de onde viria o Messias, Salvador da humanidade! Isso
começa a se desenrolar a partir do capítulo quatro do livro que leva o nome
dela.
Deus tem um plano e nossas vidas fazem parte dele!
Diante da proclamação de Hamã, Mardoqueu ficou arrasado. Ele
informou a Ester que, na condição de rainha, ela poderia interferir para salvar
o seu povo de tamanha crueldade, orquestrada por um coração cheio de ódio e
desejo de vingança. Mas, Ester ficou receosa, pelo fato de ser arriscado chegar
à presença do rei sem ser chamada por ele. Caso ele não estendesse o cetro, tal
pessoa morreria.
Por causa da covardia, muitos apoiam o erro e se omitem.
Mardoqueu não parou diante desta dificuldade. Deixou claro que ela
tinha uma missão, um motivo para viver e um motivo para morrer. Deixou claro,
também, que se ela não fizesse algo para salvar o seu povo, haveria alguma saída
sem a ajuda dela, entretanto, ela não escaparia da tragédia pelo fato de estar
no palácio.
A desgraça também alcança a casa do omisso!
Depois da argumentação de Mardoqueu, seu pai adotivo e mentor,
Ester decidiu apoiá-lo na luta em defesa do seu povo, mesmo arriscando a
própria vida. Após três dias de jejum, Ester se apresentou ao rei e – conforme
o quinto capítulo – foi recebida por ele, que lhe prometeu atender qualquer
pedido. Diante disso ela pediu que o rei e Hamã comparecessem a um banquete preparado
por ela. No dia do banquete, ela pediu que eles comparecessem novamente a outro
banquete, também preparado por ela, no dia seguinte.
Estratégia e espiritualidade. Duas armas que Deus usa em nossas
batalhas.
Hamã estava feliz até encontrar Mardoqueu pelo caminho. Embora tivesse
comentado com seus amigos e com sua esposa a respeito da honra recebida, não
conseguia se livrar do ódio que lhe consumia o coração. Diante disso, sua
esposa e seus amigos lhe aconselharam a enforcar Mardoqueu no dia seguinte.
Sempre tem alguém que quer ver o circo pegar fogo, e com o palhaço
dentro!
Omissão e precipitação: dois extremos perigosos.
Nem todo conselho vai ajudar você!
02/10/2024
2 Comentários
É verdade. Infelizmente na maioria das vezes nós nos omitimos. E por isso cada dia pagamos um preço mais alto. Preferimos nos calar,nos manter confortáveis diante de muitas injustiças cometidas à nossa volta.
ResponderExcluirVerdade. Que Deus nos ajude!
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