“O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que devem?”, pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome?’” (Malaquias 1.6).
Temos aprendido sobre o povo de Israel na reconstrução do templo. Desde a alegria do retorno (Sl 126) até o desânimo pelas oposições (Ageu) e a expectativa de uma restauração incomum (Zacarias).
Mas a frieza espiritual pode ocorrer a qualquer momento, inclusive, durante um
período de restauração. Vimos no final do livro de Esdras que pior do que a
frieza espiritual do povo é a frieza que ataca os líderes, que, quando são frios
e carnais, contagiam o povo pelo exemplo e pelo discurso, fazendo-nos achar normal
o afronta a Deus.
Chegamos à última etapa da restauração de Israel. A etapa
de Malaquias e Neemias. Malaquias desafia o povo quanto ao valor do culto e do
ministério: o ser se reflete no fazer. Neemias narra a reconstrução dos muros e
da identidade dos judeus, protegendo e reestruturando a cidade.
Malaquias é uma exortação que começa com a lembrança do
amor divino pela nação (1.1-5). Ao receber exortações e advertências da parte
de Deus, para o seu crescimento, para a sua santificação, não seja apático. Que
venha à sua mente e ao seu coração a doce frase: “Eu sempre os amei”
(v.2).
Deus não é a prioridade de quem apenas declara louvores a
ele. Deus é prioridade quando ele e sua obra recebem nossa dedicação e nosso
investimento. Muitos se acham fiéis e bons. Talvez fizessem a pergunta que os
sacerdotes fizeram. A qual Deus responde: a. Oferecendo sacrifícios (?)
corrompidos (pão imundo sobre o altar, animal roubado e doente – cego e coxo
– para sacrificar) e, consequentemente, b. desonrando o seu nome.
Que Deus nos livre de tão falsa adoração, amém?
Alguns, hoje em dia, seja por hipocrisia ou por qualquer
outra questão, perguntariam ainda: “de que maneira te desonramos?”,
ao que Deus responde: “Ao dizerem que a mesa do Senhor é
desprezível”. (mesmo sem palavras, podemos demonstrar desprezo ou
apreço, como ocorreu com os sacerdotes que sacrificavam animais inadequados).
Talvez, alguns crentes de hoje diriam: “Mas eu tenho feito o melhor!”. Eis o desafio que Deus lhes apresenta: “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não veem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não veem mal algum. Tentem oferece-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá?” (v.8). Nosso culto a Deus recebe a mesma atenção que as nossas prioridades pessoais?
Imagine o que é ouvir de Deus: “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não
acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz
o Senhor dos Exércitos, “não aceitarei as
suas ofertas.” (v.10). Agora, imagine o que é Deus ouvir: “a mesa do Senhor é imunda e o que nela se
oferece é desprezível... Que canseira!”. Imaginou?
Deus merece o melhor dos primeiros frutos! Não o restante (do tempo, do dinheiro, da vida, da saúde, das habilidades). Quem quer ser parceiro de Deus na casa do Senhor, na obra do Senhor, no culto ao Senhor, no dia do Senhor, como adoradores, como servos do Senhor?
Deus nos deu o seu
melhor: o seu céu, a sua glória, o seu Filho, o seu Espírito, os seus dons, a
sua vida. Que ele encontre um coração voltado para ele, que deseje alegra-lo,
sendo um prazer para ele, de modo que ele possa dizer que se deleita ao nos ver
nesta terra.
17/10/2024
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