Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei. (Mateus 7.28,29).
O
capítulo cinco de Mateus dá início ao sermão do monte, que trata das
bem-aventuranças, da responsabilidade dos discípulos como sal da terra e luz do
mundo. Jesus deixa claro que, em sua releitura da Lei de Moisés, veio cumprir o
padrão divino, respeitando a Lei e completando o que os antigos diziam sobre o
homicídio, o adultério, o juramento, a vingança e o amor ao próximo.
Mateus seis apresenta uma crítica à hipocrisia religiosa e ao uso da religião como um enfeite. Jesus discorre sobre a prática da justiça, das esmolas, da oração, do jejum, do trato com o dinheiro, da percepção da realidade e da preocupação com a vida. Ele disse que as pessoas devem ser generosas, sem arrogância e exibicionismo, buscando a Deus, independentemente da aprovação e do reconhecimento social.
Uma “faxina” do coração também foi assunto de Jesus. Perdoar, segundo ele, além de limpar o coração humano, aproxima as pessoas de Deus. Pois um coração amargurado está se afastando de Deus, se contaminado e contaminando os outros.
Ainda neste capítulo, aprendemos que Deus não é contra a riqueza. Deus é contra a ganância. Tratar o dinheiro como Deus é dar prioridade a ele. É o acumulo pelo acumulo. É a postura de servo, de escravo, de fantoche do consumo, do acúmulo e da ostentação.
Como o dinheiro não é Deus, por mais importante que
seja, quando nos dedicamos a ele, pelo que ele pode nos dar, diminuímos espiritualmente,
porque Deus não aceita o segundo lugar. Ou Deus é a nossa prioridade ou nada
feito!
Adorar o dinheiro é uma prática coerente com o nervosismo pelo amanhã e com a desconfiança na provisão divina. Existem aqueles que adoram o dinheiro, juntando para serem poderosos. Existem os que adoram o dinheiro, gastando até o que não têm, para se sentirem importantes. Existem os que adoram o dinheiro guardando-o com pavor de perder Outros adoram o dinheiro, ostentando o que têm com o fim de granjear admiração.
No sétimo
capítulo, Jesus critica julgamentos injustos e hipócritas, reforça o valor da
oração e ensina o valor do discernimento entre a jornada espiritual
bem-sucedida e a malsucedida. Além disso, ele instrui o povo a respeito dos falsos
líderes religiosos e ilustra a importância da obediência aos seus ensinos para
o viver diário. Assim, conclui o sermão das bem-aventuranças.
O sermão da montanha nos ensina que o bem-aventurado é alguém feliz com a felicidade celeste, que não depende
das circunstâncias. Que faz com que ele não se entristeça, mesmo nos
momentos de tristezas. Pois essas bem-aventuranças são o resultado
de um bem-estar espiritual, pela certeza da aprovação divina a respeito de uma
caminhada bem-sucedida aos olhos de
Deus.
Esta pessoa bem-aventurada busca viver os
padrões de uma nova realidade, debaixo da legislação do Reino de Deus,
representado pela vida e pelo ensino de Jesus. Viver assim é ser um seguidor
coerente. E quando o fiel vive em coerência com o seu chamado, ele é abençoado. Ele vai bem!
Cada um faz o que acredita. Por isso, quem
vive na prática do bem...
É preciso dizer mais alguma coisa?
19/10/2024
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