Jesus, porém, ordenou a Pedro: "Guarde a espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?" (João 18.11).
Depois de cear com os discípulos, de lavar-lhes os pés, de predizer a traição que sofreria, de confortá-los e motivá-los a serem frutíferos e amorosos, mesmo em meio ao sofrimento, decorrente da oposição ao testemunho cristão, Jesus continua dialogando com eles, em João 16, deixando claro que eles sofreriam perseguição.
No entanto, o Espírito Santo seria enviado
a eles e os ajudaria nesta caminhada. Jesus morreria e ressuscitaria. Os
discípulos sofreriam pressões terríveis, mas encontrariam paz na vitória de
Jesus sobre a morte, sobre o mundo e sobre o pecado!
No capítulo 17, além de orar por si mesmo, Jesus passou a orar pelos seus discípulos e pelos crentes que se tornariam seus seguidores (a igreja), através da instrumentalidade dos seus discípulos contemporâneos.
O
desejo do coração de Jesus era que o amor e a unidade dos seus seguidores fossem
tão marcantes, de modo que as pessoas fossem convencidas de que Jesus foi enviado
pelo Pai, pelo simples fato de os seguidores de Cristo viverem como cristãos!
João 18 relata o momento em que Jesus foi traído por Judas, sendo preso pelos soldados romanos, mais os guardas do templo.
Posteriormente, Jesus foi interrogado pelo ex-sumo sacerdote e o sumo sacerdote de então, sob violência, enquanto foi negado por Pedro, conforme ele mesmo predisse, embora o próprio Pedro lhe tivesse prometido lealdade.
A seguir,
Jesus passou a ser julgado por Pilatos, um governador romano na Judeia, que não
encontrou indícios de crime em Jesus.
Entretanto, no capítulo 19, Pilatos mandou açoitar Jesus e crucificá-lo, cedendo à pressão dos judeus, que exigiram uma punição contra o nosso Senhor. O qual carregou a própria cruz – na qual foi crucificado – e morreu pelo pecado da humanidade. Seu corpo foi sepultado num túmulo nunca usado, a pedido de José de Arimatéia ao governador romano.
Mas, no primeiro dia
da semana, de acordo com o capítulo 20, Jesus ressuscitou, vencendo a morte!
Apareceu para Maria Madalena e para os discípulos. Menos para Tomé, que não
estava presente. Como não viu o Cristo ressurreto, ele duvidou dos colegas, mas
caiu prostrado quando Cristo apareceu para ele também!
O último capítulo do Evangelho Segundo João registra o encontro de Jesus com os seus discípulos no Mar da Galiléia, quando eles voltaram a pescar, mas não conseguiram nada, durante uma noite inteira.
Sem ser reconhecido por eles, Jesus perguntou pela pesca, eles admitiram não terem logrado êxito e então ele mandou que lançassem a rede do lado direito do barco. Ao reconhecer que era Jesus, Pedro nadou em direção à praia e, logo após, os demais chegam e encontram um saboroso peixe na brasa.
Depois da pesca
bem sucedida, receberam uma incumbência: serem pescadores de homens. Jesus teve
uma conversa franca com Pedro e, antes do livro terminar, o autor afirmou que
escreveu a verdade sobre Jesus e que não haveria como registrar tudo o que
Jesus fez em seu ministério terreno.
Podemos aprender com o Mestre a ressignificar o que nos acontece. Tanta dor e sofrimento foram vistos como um meio de restaurar vidas quebradas.
Estar rodeado de pessoas cheias de falhas não foi impedimento para Jesus amá-las e orientá-las.
No entanto, nem Jesus pastoreou Judas, o impastoreável. Mas, não o expôs! Deixou que ele mesmo deixasse a própria máscara cair.
Traído, espancado, negado, morto, desacreditado, abandonado. Mas, nada disso impediu o seu amor pela humanidade.
Que aqueles que se dizem cristãos, mesmo que não
consigam, persigam a estatura de Jesus de Nazaré, o profeta da esperança!
08/11/2010
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